O sistema tático ofensivo de uma equipe nada mais é que a distribuição dos atletas na quadra de jogo com o objetivo de propiciar, de forma organizada, a possibilidade de marcar um gol. Além disso, os sistemas de jogo de ataque visam facilitar tanto as situações coletivas – como a troca de passes e a ocupação efetiva de espaços; e situações individuais, buscando deixar jogadores mais habilidosos em melhores condições para o 1×1 (um contra um). De antemão, é sempre necessário lembrarmos que:
“Não existe melhor ou pior sistema tático ofensivo!”
A princípio, nós já falamos aqui sobre os principais sistemas táticos ofensivos do Futsal. Do mesmo modo, vimos que é de suma importância a definição de um desenho ofensivo que melhor se adeque à equipe. Assim sendo, hoje falaremos sobre as principais características do desenho ofensivo 3.1 (três-um).
Distribuição das linhas do sistema 3.1
Em primeiro lugar, muitos avanços táticos no Futsal ocorreram a partir do desenvolvimento, versatilidade e eficácia do sistema 3.1. Nesse sentido, o 3.1 é um dos desenhos que os treinadores mais utilizam, pois, a partir dele, é possível realizar inúmeras jogadas ensaiadas, bem como atribuir diversas variações aos famosos “rodízios” de três e quatro jogadores.
Para tanto, o desenho 3.1 distribui suas linhas da seguinte forma:
- A 1ª (primeira) linha é composta por um atleta, na qual, tanto o fixo quanto um dos alas ocupam a posição. Assim, o atleta que preenche este espaço tem função de armador.
- A 2ª (segunda) linha, denominada linha de apoio, é composta por dois atletas. Por sua vez, é responsável pelas buscas e aproximações, que tendem facilitar a mobilidade da equipe, bem como assegurar o processo de posse de bola eficaz. Em suma, os alas, normalmente, ocupam esta linha.
- A 3ª (terceira) linha, ou linha de sustentação ofensiva, é muito importante, devido a sua especificidade. Geralmente o pivô é o responsável por ocupar a linha, o qual, na maioria das vezes, atua de costas para o gol adversário. Assim, devido as características particulares, a posição de pivô requer atenção especial no que diz respeito ao jogo ofensivo.
Sistema 3.1 com sustentação ofensiva nas alas
O sistema tático 3.1 com sustentação ofensiva nas alas forma uma espécie de braço alongado para o ataque. Logo, este sistema possibilita as mais diversas formas de evolução ofensiva, dado que o pivô ganha mais liberdade para movimentar-se.
Ainda assim, o sistema 3.1, sem pivô de referência, possibilita movimentações dos quatro jogadores de linha na quadra. Nesse sentido, é possível ocorrer a rotação dos jogadores das 1ª e 2ª linhas para se infiltrarem na zona defensiva adversária; e do atleta, que antes ocupara a 3ª linha, recuar para o apoio ou armação.
Condições para aplicação do sistema tático ofensivo 3.1
Alguns autores defendem que os treinadores devam utilizar este sistema em quadras com dimensões média e grande, pois, acreditam que facilita o jogo de pivô, com infiltrações e tabelas. Contudo, não faremos juízo de valor quanto a essa questão. Fato é que, no sistema 3.1, os atletas se movimentam muito, portanto, acreditamos que equipes mal preparadas fisicamente ou que não possuam um plantel hábil para atacar, marcar e armar com a mesma eficácia, não devem utilizar o sistema.
Links de Referência
- Futsal – Da Formação ao Alto Rendimento: Métodos e Processos do Treinamento
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