Sistemas táticos ofensivos no Futsal: o goleiro-linha

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Foto de Blake Emge na Unsplash

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Os sistemas táticos ofensivos no futsal com uso do goleiro-linha surgiram em decorrência da alteração das regras do jogo de Futsal ainda nos anos 90. Essa alteração permitiu aos goleiros atuarem fora da área, com intuito de estabelecer superioridade numérica na fase ofensiva e troca de passes rápidos entre os atacantes, de modo a criar possibilidades de finalização à meta do adversário.

Fonte: criado pelo autor

Quais as regras para utilização do goleiro-linha?

O goleiro-linha, na fase defensiva, não há regra especial. Porém, quando na fase ofensiva, o goleiro-linha precisa respeitar as leis que o jogo impõe. Desse modo, o goleiro-linha não pode realizar ações com as mãos na bola fora da área; e nem permanecer com a posse da bola por mais de quatro segundos na sua meia quadra defensiva. Ainda assim, na meia quadra defensiva, o goleiro-linha só pode receber na bola de seus companheiros apenas uma única vez. Portanto, para realizar uma nova ação com bola, é necessário que a bola toque em algum atleta adversário.

Além disso, vale destacar que qualquer jogador pode substituir o goleiro. Contudo, o jogador de linha, que for cumprir esta função, deve estar trajado com a camisa da mesma cor que a dos goleiros de sua equipe, e utilizar o mesmo número da camisa relacionado na súmula.

Sistemas táticos ofensivos de Futsal com o goleiro-linha

Antecipadamente, ressaltamos que não existem padrões perfeitos, portanto, apresentaremos uma visão – dentre tantas – acerca dos sistemas táticos no Futsal. Assim, compartilharemos abaixo dois exemplos da distribuição de linhas dos desenhos: 1.2.2 (um-dois-dois); e 2.2.1 (dois-dois-um).

Linhas do Sistema 1.2.2

O sistema 1.2.2 distribui suas linhas da seguinte forma:

  • 1ª (primeira) linha e 2ª (segunda) linha, ou linhas de armação;e
  • 3ª (terceira linha), ou linha de sustentação ofensiva.
Fonte: criado pelo autor

Linhas do sistema 2.2.1

O sistema 2.2.1 distribui suas linhas da seguinte forma:

  • 1ª linha, ou linha de armação;
  • 2ª linha, ou linha de apoio/busca e aproximação; e
  • 3ª linha, ou linha de sustentação ofensiva.
Fonte: criado pelo autor

É seguro usar o goleiro-linha no futsal?

Portanto, alguns autores indicam que os treinadores devem utilizar os sistemas que possuem goleiro-linha com segurança nas ações ofensivas da equipe. Pois, em qualquer erro na execução das movimentações, pode ocasionar contra-ataques rápidos da equipe adversária, que, por sua vez, quase sempre se encerram em gol.

Além disso, geralmente, os treinadores usam estratégias de goleiro-linha quando a equipe está em desvantagem no placar. Portanto, os treinadores de futsal devem se preocupar, além da condição estratégico-tática, com o fator psicológico da equipe, visto que a situação em questão influencia nas tomadas de decisões dos jogadores.

Contatos do autor: tassiosardinha@gmail.com

Instagram: @tsardinha1

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Rodrigo Aquino

Rodrigo Aquino é professor na Universidade Federal do Espírito Santo, onde atua no Departamento de Desportos e como docente do Programa de Pós-Graduação em Educação Física (Mestrado e Doutorado).

É líder do Grupo de Estudos Pesquisa em Ciências no Futebol (GECIF/UFES) e coordenador do Programa Academia e Futebol (Núcleo UFES), financiado pelo Ministério do Esporte. Seu trabalho envolve a coordenação de projetos técnico-científicos em parceria com categorias de base e equipes profissionais de futebol no Brasil.

Rodrigo é graduado em Educação Física e Esporte pela USP, com especialização em Ciências do Desporto pela Universidade do Porto. Concluiu o mestrado e doutorado em Ciências também pela USP. Acumula experiência prática no futebol desde 2015 como fisiologista e preparador físico em clubes profissionais, além de atuar como treinador e coordenador técnico em categorias de base. Reconhecido academicamente, está entre os 10 cientistas do esporte mais produtivos da América Latina em publicações científicas relacionadas ao futebol.

Neto Pereira

Neto Pereira é um profissional de preparação física e performance esportiva com experiência em clubes do Brasil e do exterior. Atualmente é Preparador Físico no sub-20 do Vasco da Gama.

Trabalhou como Head Performance and Fitness Coach no FC Semey do Cazaquistão (2024). Foi Preparador Físico no Confiança (2023-2024) e Head of Performance and Health no Avaí (2022-2023). Também exerceu o cargo de Coordenador de Performance no Confiança (2022) e trabalhou como Fisiologista no CRB (2021-2022) e no próprio Confiança (2019-2021).

Possui Mestrado em Saúde e Educação Física pela Universidade Federal de Sergipe e Especialização em Desempenho Humano pela Universidade Tiradentes (Unit). Suas principais competências incluem preparação física, análise de desempenho, força, potência e velocidade no esporte.

Rafael Grazioli

Rafael Grazioli, natural de Canoas (RS), é formado em Educação Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde também concluiu mestrado e doutorado em Ciências do Movimento Humano.

Com nove anos de experiência atuando como coordenador científico e fisiologista no futebol profissional, ele passou as últimas três temporadas no Guarani de Campinas (SP) antes de ser anunciado pelo Criciúma em janeiro de 2025.