Um estudo realizado por pesquisadores liderados por Kerem Gündüz da Turquia, e publicado no Journal of Men’s Health, investigou os efeitos de um programa de treinamento de resistência de seis semanas sobre danos cardíacos e musculares em jogadores de futebol.
A crescente demanda física no futebol atualmente, com seus sprints intensos e mudanças de direção rápidas, torna fundamental entender como otimizar o treinamento para prevenir lesões e melhorar o desempenho. Este estudo buscou justamente isso, ao avaliar marcadores biológicos de danos cardíacos e musculares em jogadores submetidos a um regime específico de exercícios.
Objetivos do artigo
A pesquisa surgiu da necessidade de aprimorar os programas de condicionamento físico no futebol, visando a prevenção de lesões e o aumento do rendimento dos atletas. Jogadores de futebol frequentemente enfrentam esforços extenuantes durante as partidas, com distâncias percorridas e intensidade de sprints que podem sobrecarregar o sistema cardiovascular e a musculatura.
O estudo buscou determinar se o treinamento de endurance, focado na melhoria da capacidade aeróbica, poderia mitigar os danos associados a essa alta demanda física.
Como o estudo foi conduzido?
Vinte jogadores de futebol amadores foram divididos aleatoriamente em dois grupos: um grupo experimental (n=10), que realizou um programa de treinamento de endurance de seis semanas baseado na velocidade aeróbica máxima, e um grupo controle (n=10), que manteve seu regime de treinamento habitual.
Antes e após as seis semanas, amostras de sangue foram coletadas para medir os níveis de creatina quinase (CK), um marcador de dano muscular, e peptídeo natriurético tipo B pró-N-terminal (NT-proBNP), um indicador de danos cardíacos. A capacidade aeróbica máxima (VO2max) também foi avaliada por meio do teste Yo-Yo Intermitente.
Principais resultados
O grupo experimental apresentou uma diminuição significativa nos níveis de CK e NT-proBNP após o período de treinamento, indicando menos danos musculares e cardíacos. Ao mesmo tempo, houve um aumento significativo na VO2max, demonstrando uma melhora na capacidade aeróbica.
O grupo controle, por sua vez, não apresentou mudanças significativas nesses marcadores. Esses resultados sugerem que o treinamento de endurance, aplicado da maneira descrita, pode ser benéfico para a saúde a longo prazo dos jogadores de futebol, diminuindo o risco de lesões e melhorando seu desempenho.
Conclusões práticas
O estudo conclui que o treinamento de resistência aeróbica tem impacto positivo na redução de danos cardíacos e musculares em jogadores de futebol.
Os pesquisadores sugerem a utilização do NT-proBNP como um marcador para monitorar a saúde cardíaca em jogadores, auxiliando na detecção precoce de problemas.
Embora o estudo tenha apresentado resultados promissores, os autores ressaltam a necessidade de pesquisas com amostras maiores e em atletas profissionais para confirmar os achados e otimizar os protocolos de treinamento.
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